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Vale a pena contratar influenciador digital ou celebridade para ações nas redes sociais?

Sim. Esta ação, chamada Marketing de Influência, vale a pena e, além disso, está em alta no mercado da comunicação. Mas isso não significa que ela vai funcionar bem para todas as empresas, de qualquer segmento. O primeiro passo para avaliar se compensa contratar um influenciador digital é definir o objetivo da marca e descobrir se existem influenciadores ou celebridades com o perfil que atenda à demanda. Ou melhor, se existem profissionais cujos seguidores fazem parte do público que a empresa deseja alcançar.

Marketing de Influência pode ser definido como a estratégia de contratar um influenciador digital ou celebridade, capaz de influenciar outras pessoas, que compõem sua legião de seguidores, para transmitir mensagens relacionadas à uma marca, produto, serviço ou mesmo à uma causa. Isso pode acontecer em redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, em blogs e também em canais do YouTube.

Lembra-se da propaganda “boca a boca” que já foi mais utilizada no passado, e até hoje é repetida na hora de indicar determinados serviços, como advogados, dentistas, entre outros? Contratar um influenciador digital tem alguma semelhança, afetando de modo similar nossos hábitos de consumo.

Nossas decisões de compra são resultado de ações de empresas e também de pessoas. Às vezes, daquelas que nos cercam. Outras, das que não conhecemos ao vivo, mas que fazem parte da nossa vida quando estamos nas redes sociais.

Assim, se “conhecemos” e confiamos nessas pessoas, suas dicas, sugestões ou opiniões nos impactam. Passam, em algum nível, a nos influenciar. Nunca ficou tentado a comprar algo elogiado por uma página ou perfil que você segue no Instagram?

Essa é a diferença entre a propaganda tradicional e a identificação que podemos ter com alguém que é capaz de influenciar-nos numa decisão. É uma questão de confiança e “proximidade”. A Internet cria essa sensação, que gera a identificação e, consequentemente, confiança.

Antes da comunicação digital, também existiam os influenciadores. Atores, atrizes e outras personalidades com ótima imagem eram contratadas como “garotos/garotas-propagandas” para divulgar determinada marca, produto ou serviço.

Bons exemplos são Emerson Fittipaldi, com as baterias Moura; Gisele Bündchen, com a Pantene; Xuxa, com a Monange; e Carlos Moreno, com a Bombril. Eram ações na TV, mas que “emprestavam” o prestígio e a confiabilidade de celebridades para ajudar a vender e aumentar a visibilidade das marcas.

E assim como na TV, nas redes digitais, para uma ação com influenciador ter mais aderência do público, não se deve dizer explicitamente para você consumir determinado produto. Ao contrário, o objeto do marketing deve estar perfeitamente integrado no universo e no perfil do influenciador, que poderá despertar em seus seguidores o desejo de consumirem a marca. Mesmo não sendo uma propaganda explícita, os profissionais mais sérios sempre informam ao público que é uma ação paga, por meio de um “#publi” ou “ads”, por exemplo.

Transparência é algo fundamental no relacionamento do influenciador com os seguidores, que são seu maior ativo.

COMO ESCOLHER E CONTRATAR UM INFLUENCIADOR DIGITAL?

Essa é a dúvida de muitas marcas. Existem agências de comunicação que podem ajudar na tarefa, definindo com a empresa os objetivos e perfil, estabelecendo o investimento e até localizando os influenciadores nas redes sociais. No mercado, também já existem plataformas especializadas, que podem tornar mais fácil o relacionamento entre marcas e influenciadores.

De qualquer forma, ao avaliar se deve ou não contratar um influenciador digital, você mesmo pode pesquisar nas redes sociais perfis adequados ao seu negócio. Se encontrar, basta solicitar o media kit, material com todas as informações sobre o influenciador, seus custos e condições de trabalho.

Antes de fazer isso, porém, tenha bem claro qual será o objetivo principal da ação com o influenciador ou celebridade: tornar a marca mais conhecida; lançar a marca/empresa/produto/serviço; gerar leads; aumentar a presença digital da empresa; vender mais. Com o objetivo definido, você terá mais facilidade para identificar o blogueiro, o influenciador de redes sociais ou canais do YouTube, que realmente poderão ajudar a alcançar o propósito.

Escolher o perfil certo para a campanha de Marketing de Influência é um desafio e tanto. Para começar, não pense que as celebridades da TV são sempre melhores do que os influenciadores digitais – e também não pense o contrário. Lembre-se: tudo depende. Uma celebridade, além de não ser necessariamente a sua melhor opção, pode estar fora do budget.

O segredo para contratar um influenciador digital é encontrar alguém que faça sentido para sua marca e valores. Então, liste os bons influenciadores do seu segmento. Ou seja: quem faz a cabeça dos seus clientes ou potenciais clientes? Observe criticamente que tipo de conteúdo eles produzem e a qualidade dos textos e fotos. Consegue imaginar sua empresa e seus produtos ou serviços inseridos nesse universo?

Não são raras as ações em que um influenciador digital é mais eficaz para transmitir uma mensagem, inclusive no alcance do público, do que uma celebridade. Em muitos casos, compensa muito mais fazer um trabalho com 10 influenciadores, com 5 mil seguidores cada, do que com um ator que tenha 50 mil. Primeiro, porque a exposição orgânica de post é proporcionalmente maior em páginas com menos seguidores. Além disso, dependendo do produto e do objetivo da marca, é mais interessante contar com influenciadores próximos do público do que com uma personalidade inacessível.

Portanto, tire da cabeça a ideia de que o Marketing de Influência só traz resultados quando é feito com influenciadores ou celebridades com milhões de seguidores. A maneira de avaliar, nomear e classificar esses influenciadores muda muito. Mas, segundo o estudo “The Price of Influencer Marketing”, eles podem ser divididos em Nano influenciador: de 1 mil a 10 mil seguidores; Microinfluenciador: de 10 mil a 100 mil seguidores; Macroinfluenciador: de 100 mil a 1 milhão de seguidores; e Celebridade: mais de 1 milhão de seguidores.

Há diversos tipos de campanhas que podem ser realizadas ao contratar um influenciador digital. Pode ser uma ação rápida ou de longo prazo, por exemplo. Há, também, diversas formas de pagamento pelo trabalho. Alguns influenciadores definem um valor/cachê por post ou campanha. Não existe uma tabela no mercado, pois os influenciadores são muito diferentes.

Em alguns casos, o trabalho não envolve dinheiro. Pode ser realizado por meio de permuta, ou melhor, posts positivos em troca dos serviços/produtos da marca. Nesse tipo de negociação, a troca tem que ser benéfica para ambas as partes.

Na área de gastronomia, por exemplo, há dezenas e dezenas de perfis no Instagram dedicados a cobrir o segmento. Perfis de tamanhos diversos, incluindo menos de 5 mil seguidores a até mais de 200 mil, que publicam posts positivos de pratos que recebem dos restaurantes, se gostarem da comida.

Muitos desses perfis têm atuação por região. Então, para o dono de um restaurante em Moema, zona sul da capital paulista, pode não ser interessante um influenciador de gastronomia com foco na zona leste.

Novamente, vale a dica: atenção ao selecionar os perfis para divulgar sua campanha de Marketing de Influência.

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