CIEAM
"O grande desafio do Brasil na Amazônia é de logística", alerta Eduardo BragaSenador do Amazonas tratou dos impactos da reforma tributária na Zona Franca de Manaus em debate promovido pela FGV
Ele também destacou a importância dos investimentos em logística na Amazônia e o papel primordial do bioma para o desenvolvimento do Brasil
No debate que participou na última quinta-feira (dia 6), ao participar da edição Brasília da Conferência Diálogos Amazônicos, promovido Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a apoio do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), o senador Eduardo Braga (MDB-AM) fez um alerta sobre o grande desafio que o Brasil precisa enfrentar na Amazônia: a logística.
“Há um relatório divulgado pelo Banco Mundial que mostra que o impacto no crescimento da Amazônia, em função da logística, é de nada menos, nada mais do que 35% de crescimento do PIB. Isso é geração de emprego e renda na veia do povo da Amazônia. E é fundamental não apenas para os centros urbanos, as grandes capitais da região como Manaus e Belém, mas principalmente para a interiorização do desenvolvimento econômico. Portanto, a logística é um dos desafios que precisamos enfrentar na Amazônia”, defendeu Braga.
Em sua mesa de debates “Desafios da Amazônia”, o senador também tratou do impacto da Reforma Tributária na Zona Franca de Manaus, a importância dos investimentos em logística na Amazônia e o papel primordial do bioma para o desenvolvimento do Brasil. Braga ainda tratou da importância da construção de uma política que garanta o equilíbrio social, econômico e ambiental. Além do estímulo às inovações tecnológicas essenciais ao desenvolvimento sustentável da região.
De acordo com o senador do Amazonas, os desafios são gigantes e o Estado passa por desafios econômicos, desafios sociais e os impactos ambientais. Mas, quando fala se da questão econômica e a Zona Franca de Manaus, a primeira coisa que vem à cabeça é o desafio da reforma tributária.
Braga destacou a mobilização da bancada do estado para assegurar que os projetos de lei que vão regulamentar a reforma tributária, e já estão em tramitação na Câmara, preservem as conquistas do Amazonas garantidas durante a tramitação da proposta de emenda constitucional.
Comercialização do carbono
Outro desafio, na visão do parlamentar, é a questão ambiental na Amazônia e um dos possíveis fatores que pode alavancar a economia e as questões sociais da região. Para isso, é preciso que a lei de comercialização do carbono seja aprovada no país. O Senado já aprovou a lei, mas falta receber o aval da Câmara.
“Nós estamos com uma agenda muito forte no Senado para tentar, até o recesso do mês de julho, aprovarmos a finalmente a lei de comercialização do carbono para que o Amazonas e Amazônia a fim de que o Brasil chegue na COP-30 – conferência do clima que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
Aliás, a conselheira do CIEAM, Rebecca Garcia, que estava compondo a mesa, perguntou ao senador se o Brasil, como anfitrião da COP-30 está preparado para receber o grande evento internacional, inclusive com propostas e soluções para a crise climática mundial.
Braga respondeu: “A forma de nós sermos protagonistas na COP-30, é se tivermos uma visão moderna mais elaborada e sofisticada para sairmos da posição de acusados para a posição de protagonistas”
Outros desafios
Em sua palestra dos desafios para a Amazônia o senador também discorreu sobre:
- Questão fundiária e a monetização das florestas privadas na Amazônia;
- Logística do interior e conteinização das cargas para evitar roubo;
- Infraestrutura de energia para transformar Manaus em um hub;
- Inovação tecnológica e o desafio para conectar a Amazônia em 10anos;
- Resolver, por fim, a conexão segura do sistema bancário da região, disseminação os bancos digitais.
Sobre os Diálogos Amazônicos
A série Diálogos Amazônicos tem o patrocínio do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), da Bic da Amazônia, da Coimpa Industrial, da Honda Componentes, da Copag da Amazônia, da MK Eletrodoméstico Mondial, da UBC da Amazônica, da Visteon da Amazônia, da Essilor da Amazônia SINAEES (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas), da Jaime Benchimol, da Águas de Manaus, da Super Terminais, da Midea Carrier, da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), da SIMMEM (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus), da PCE Embalagens, da Placibrás da Amazônia, da FIEAM (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e da Impram (Impressora Amazonense), gráfica e editora localizada em São Paulo que iniciou suas atividades no Polo Industrial de Manaus em maio de 2003.
Sobre o CIEAM
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que geram mais de 500 mil empregos, diretos e indiretos, e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Em 2023, movimentou mais de 172,6 bilhões.