CIEAM
Arrecadação de ICMS no Amazonas bate recorde histórico e atinge R$ 13,2 bilhões em 2024Luiz Augusto Rocha, presidente do Conselho Superior do CIEAM.
Painel Econômico do Amazonas (PEA), elaborado pelo CIEAM, destaca crescimento de 10% na arrecadação estadual e aumento significativo nos tributos federais
Alta na arrecadação de tributos federais impulsiona investimentos e desenvolvimento regional e comprova como a Zona Franca de Manaus não é importante apenas para o Amazonas, mas sim para todo o Brasil
A arrecadação de ICMS no Amazonas encerrou 2024 com um recorde histórico de R$ 13,2 bilhões, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior, conforme aponta o Painel Econômico do Amazonas (PEA), levantamento mensal do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). O desempenho do ano passado demonstra, mais uma vez, a resiliência e a capacidade de adaptação da indústria local mesmo diante das dificuldades logísticas locais, como a seca vivida no segundo semestre de 2024.
O resultado expressivo foi impulsionado por fatores como o aumento da produção industrial, a manutenção da renda e do consumo no Brasil e a antecipação de compras de matérias-primas devido à seca. "Apesar dos desafios logísticos impostos pela seca, as indústrias do PIM conseguiram se antecipar e garantir o fluxo de produção, o que resultou em um ano de arrecadação histórica", destaca Luiz Augusto Rocha, presidente do conselho superior do CIEAM.
Outro fator de destaque foi o crescimento na arrecadação de tributos federais na região, puxado pelo aumento das retenções de Imposto de Renda (IR) sobre o 13º salário e pelo crescimento da folha de pagamentos das indústrias, refletindo o fortalecimento do emprego na região. Segundo os dados do PEA, o aumento do faturamento global do PIM também contribuiu para uma maior arrecadação de tributos como PIS e COFINS.
Setores em destaque
Todos os segmentos industriais apresentaram crescimento significativo, com destaque para o setor mecânico, que viu seu faturamento saltar de R$ 11 bilhões em 2023, para R$ 17 bilhões em 2024, impulsionado principalmente pela alta demanda por aparelhos de ar-condicionado. "O calor extremo e as mudanças climáticas impulsionaram a produção de climatizadores, colocando o setor mecânico entre os grandes destaques do PIM em 2024", explica Rocha.
Perspectivas para 2025
O crescimento expressivo da arrecadação de ICMS e tributos federais reforça o papel estratégico da Zona Franca de Manaus na economia nacional. Com a estabilidade gerada pela reforma tributária e a previsão de novos investimentos em infraestrutura logística e industrial, as perspectivas para 2025 seguem otimistas. "O aumento na arrecadação permite ao governo estadual investir em infraestrutura, tornando o ambiente de negócios ainda mais competitivo para os próximos nos", destaca o executivo do CIEAM.
Sobre o PEA
O Painel Econômico do Amazonas é uma análise da conjuntura econômica do Amazonas elaborada mensalmente pelo CIEAM com base em informações públicas de instituições como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo, além de utilizar dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O principal dado disponível para análise é o IBCR-AM, número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro. O Banco Central compõe o IBCR-AM pelos resultados das pesquisas mensais efetuadas pelo IBGE, incluindo os principais setores da economia: Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária.
Sobre o CIEAM
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) é uma entidade empresarial com personalidade jurídica, ligada ao setor industrial, que tem por objetivo atuar de maneira técnica e política em defesa de seus associados e dos princípios da economia baseada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Implementada pelo governo federal em 1967, com o objetivo de viabilizar uma base econômica no Amazonas e promover melhor integração produtiva e social entre todas as regiões do Brasil, a Zona Franca de Manaus é um modelo de desenvolvimento regional bem-sucedido que devolve aos cofres públicos mais da metade da riqueza que produz. Atualmente, são 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O estado do Amazonas tem 546 mil empregos, dos quais 130 mil são diretos do PIM e garantem a preservação de 97% da cobertura florestal do Amazonas. Para 2024, prevê-se faturamento de cerca de R$ 204 bilhões.